No início era densa floresta ocupando o espigão entre a Pedra dos Dois Irmãos e o Morro do Cochrane, atravessada pela estrada da Gávea, até então um caminho precário que dava acesso as terras de Conrado Niemeyer Sitiantes passaram a ocupar as terras da antiga fazenda Quebra–Cangalha, por volta de 1930, divididas em pequenas chácaras em que cultivavam hortaliças vendidas na feira do Largo das Três Vendas (Praça Santos Dumont), região da Gávea Diziam para seus fregueses que os produtos vinham de suas “Rocinhas” no Alto da Gávea e, a partir daí, o nome “Rocinha” se popularizou Plantava-se aipim, abóbora, agrião, bananeiras, couve, repolho, abrindo clareiras na mata primitiva A casa número 1 da estrada da Gávea é considerada o primeiro imóvel da Rocinha e chegou a ter suas obras embargadas pelo Prefeito Pedro Ernesto em 1932 A lentidão no julgamento do processo acabou incentivando novas invasões e o surgimento dos primeiros barracos de madeira na região Nas curvas sinuosas da estrada da Gávea foram realizadas as famosas corridas automobilísticas do circuito da Gávea, disputadas entre os anos de 1933 e 1954, o que deu nome de “Trampolim do Diabo” ao trecho dentro da Rocinha Enquanto isso a Rocinha se povoava As terras foram divididas em grandes glebas, a maior parte delas pertencentes à Cia Portuguesa Cássio Guidon, à empresa Bairro Barcelos, à Cia Cristo Redentor e à Cia Francesa Laboriaux O processo de ocupação acelerou-se a partir da década de 1950, quando houve um aumento de
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